André Inea é natural de São Paulo, onde vive e trabalha como artista e bioconstrutor na Mata Atlântica. Sua pesquisa é uma busca pela materialidade terrestre e sua utilidade no feitio da morada. Vive em constante manuseio do barro, construindo sua própria casa, inspirado no pássaro João de Barro. Atua nos campos do desenho, pintura, escultura e street art, onde se debruça sobre as possíveis formas de construção ecológica, observando os animais construtores no seu trabalho cotidiano.
André Inea é natural de São Paulo, onde vive e trabalha como artista e bioconstrutor na Mata Atlântica. Sua pesquisa é uma busca pela materialidade terrestre e sua utilidade no feitio da morada. Vive em constante manuseio do barro, construindo sua própria casa, inspirado no pássaro João de Barro. Atua nos campos do desenho, pintura, escultura e street art, onde se debruça sobre as possíveis formas de construção ecológica, observando os animais construtores no seu trabalho cotidiano.
Na obra Pássaros e ninhos, o artista André Inea faz referência aos pássaros construtores, que buscam materiais disponíveis em seus ambientes. A obra chama a atenção para o colecionismo de algumas espécies, que procuram objetos peculiares, coloridos e atípicos para agradar seus pares.
Para realizar sua instalação, utilizou fios e cabos elétricos coletados em cooperativas e doados por amigos e vizinhos. Sobre o poder de mobilização e sensibilização para os temas urgentes do nosso tempo, o artista, comenta: "A arte é a mais potente das ferramentas para despertar a consciência do impacto ambiental que os descartes causam e dialogar com a sociedade sobre esse comportamento".
Fios e cabos elétricos são resíduos eletrônicos geralmente compostos por metais condutores, como cobre e alumínio, e recobertos por uma camada isolante de plástico tipo polietileno ou PVC. Geralmente, têm conectores e terminais nas pontas, que também são feitos dos mesmos materiais.
O Brasil é o sétimo maior produtor de lixo eletrônico do mundo, gerando cerca de 1,5 milhão de toneladas por ano.
91,1% do CO2 emitido na fabricação de fios e cabos é proveniente do gasto energético, totalizando 52.299 toneladas de CO2, ao ano.
Os resíduos eletrônicos são muito valiosos, pois contêm componentes metálicos, tais como: cobre, alumínio, ouro etc. Geralmente, quanto menores os equipamentos, mais curto o seu tempo de vida. E isso acontece como uma estratégia de mercado, que programa os aparelhos para durarem menos tempo do que eles poderiam, forçando o consumidor a comprar novamente. Essa estratégia é conhecida como obsolescência programada. Os celulares são os melhores exemplos disso.
Como esses resíduos não apodrecem e não exalam cheiro, muitas vezes, as pessoas, sem saber a forma correta de descartá-los, os acumulam em casa, no fundo de armários, sem que possam ser aproveitados pela indústria da reciclagem.
Apenas 20% dos resíduos eletrônicos chegam à reciclagem e os outros 80% ou são descartados incorretamente ou ficam guardados por tempo indeterminado. Aqui a dica é: conserte sempre que puder seus equipamentos e, quando não puder, leve-os para um ponto de coleta de resíduos para reciclagem.
https://www.sgcie.pt/wp-content/uploads/2020/01/27320-FABRIC-DE-FIOS-E-CABOS-ELET_CADERNO-1.pdf